31 dezembro 2007
Sensível
Lembro-me daquelas noites
Protegido contra o teu corpo
Sem medo de dormir
Enroscado no teu peito
Como um animal
Aninhado no seu leito
Espero que adormeças
De janela aberta
Escuto os carros a passar
E com os meus
Dedos percorro a estrada
Do teu corpo sem parar
Encosto minhas costas
No teu dorso
E sem acordares
Abraço-me com força
Sempre sem magoar
Lentamente fecho os olhos
E inicio o meu sono
Lento e calmo
Sem medo de percorrer
Todo o meu caminho
E sonhar
13 dezembro 2007
Fantasma
Ainda vivo no passado
Agarrado ao tu e eu
Ainda sinto todos os dias
O que sentia ao teu lado
Vejo à noite o teu fantasma
Ao meu lado deitado
Respiro ao seu ritmo
Agarrando a tua sombra
Durmo sem medo
Calmo e sereno
Acompanho o respirar
E o bater do seu coração
Acordo vazio e frio
Sozinho no meio dos lençóis
Sabendo que à noite
Volto a ter-te ao meu lado
Nem que seja apenas
A companhia
Da Sombra
Do teu Fantasma.
Agarrado ao tu e eu
Ainda sinto todos os dias
O que sentia ao teu lado
Vejo à noite o teu fantasma
Ao meu lado deitado
Respiro ao seu ritmo
Agarrando a tua sombra
Durmo sem medo
Calmo e sereno
Acompanho o respirar
E o bater do seu coração
Acordo vazio e frio
Sozinho no meio dos lençóis
Sabendo que à noite
Volto a ter-te ao meu lado
Nem que seja apenas
A companhia
Da Sombra
Do teu Fantasma.
04 dezembro 2007
Regresso
Regresso de uma longa caminhada
Volto do mesmo modo que parti
Vazio sem sentido
Perdendo tudo o que venci
Regresso num andar lento
Passo a passo tentando não cair
Longe de onde estive
Sem nada atingindo em voltar
Regresso mais só do que parti
Sem rumo nem motivo
Com remorsos do que fiz
Acompanhado pela sombra do que escolhi
Regresso sem sentir o meu lugar
Sem sentir estar em casa
Com vontade de voltar a partir
Com intenção de nunca mais regressar
14 junho 2007
Fantasia
Ando pela casa
sem rumo certo
entro na sala
olho para ti
Deitado no sofá
desnudado sem mexer
observo cada contorno
do teu ser
Devagar com medo
para não acordar-te
beijo o teu tronco
deslizo ficando a teu lado
Fico quieto a pensar
como seria bom
ali ficar e nunca
ter de acordar
Sinto o teu respirar
movendo teu corpo
num perfeito
compasso
Tento acompanhar o batimento
ficar em harmonia
abro os olhos
e vejo que tudo foi apenas
uma fantasia.
sem rumo certo
entro na sala
olho para ti
Deitado no sofá
desnudado sem mexer
observo cada contorno
do teu ser
Devagar com medo
para não acordar-te
beijo o teu tronco
deslizo ficando a teu lado
Fico quieto a pensar
como seria bom
ali ficar e nunca
ter de acordar
Sinto o teu respirar
movendo teu corpo
num perfeito
compasso
Tento acompanhar o batimento
ficar em harmonia
abro os olhos
e vejo que tudo foi apenas
uma fantasia.
24 maio 2007
Sinto a tua falta
Sinto a tua falta
ao meu lado
os teus braços
em volta do meu
corpo num
abraço apertado
Quero voltar a
deitar-me contigo
aninhar o meu
corpo no teu
e sentir-me seguro
Ouvir a tua voz
murmurar no meu
ouvido com medo
de acordares-me
quero estar aqui contigo.
ao meu lado
os teus braços
em volta do meu
corpo num
abraço apertado
Quero voltar a
deitar-me contigo
aninhar o meu
corpo no teu
e sentir-me seguro
Ouvir a tua voz
murmurar no meu
ouvido com medo
de acordares-me
quero estar aqui contigo.
08 maio 2007
Asas
Entro no meu sonho
bato as minhas asas
inicio o meu voo
Pairando no ar
passo as nuvens
e continuo a voar
Aproximo-me do céu azul
continuando a voar
alcançando o sol
Sinto um calor forte
vejo as minhas asas arder
fico suspenso sem suporte
Inicio a queda
em direcção ao vazio espaço
sem rede nem direcção
No momento final
preparo-me para o choque
acordo sem saber o que é real
17 abril 2007
Passado
Tento avançar
sem nunca olhar para trás
tenho de seguir
não posso ficar aqui e morrer
Passo a passo
sigo em frente
sem saber o que faço
Passo a passo
avanço no futuro
deixo para trás o meu passado
avanço no início
com um passo
relutante e devagar
Pouco a pouco
acelero, corro
para o futuro
perco o presente
e não volto mais ao passado
sem nunca olhar para trás
tenho de seguir
não posso ficar aqui e morrer
Passo a passo
sigo em frente
sem saber o que faço
Passo a passo
avanço no futuro
deixo para trás o meu passado
avanço no início
com um passo
relutante e devagar
Pouco a pouco
acelero, corro
para o futuro
perco o presente
e não volto mais ao passado
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